
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (9) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado. O julgamento ocorre na Corte. Se maioria concordar com Moraes, Bolsonaro pode receber penas que chegam a 43 anos.
Entre os denunciados estão Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, Augusto Heleno, ex-chefe do GSI, Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.
Em seu voto, Moraes afirmou que não restam dúvidas sobre a tentativa de golpe e classificou Bolsonaro como líder de uma organização criminosa.
O ministro também rejeitou os argumentos das defesas e defendeu a validade da delação premiada de Mauro Cid. Segundo ele, houve apenas uma colaboração formal, registrada em diferentes depoimentos à Polícia Federal.
Além da acusação de tentativa de golpe, o grupo — apontado como o “núcleo crucial” da trama — responde ainda por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.