
O mercado financeiro brasileiro encerrou o mês de julho sob pressão. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), caiu 4,16% no acumulado mensal e fechou o pregão desta quinta-feira (31) em baixa de 0,69%, aos 133.071,05 pontos. Já o dólar comercial avançou 0,21% no dia, terminando cotado a R$ 5,6004, com alta de 3% no mês.
A reação dos investidores foi influenciada principalmente pela escalada das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, após o presidente Donald Trump confirmar a sobretaxa de 50% sobre as exportações brasileiras. A medida ampliou a aversão ao risco no mercado doméstico e gerou preocupações sobre os impactos na balança comercial e no desempenho de setores exportadores.
Além disso, os investidores digeriram decisões de política monetária anunciadas na véspera, balanços corporativos e dados econômicos mais fracos na China, que afetaram diretamente o preço do minério de ferro e o desempenho de empresas ligadas ao setor de commodities.
O cenário de incertezas externas e tensões comerciais tende a manter a volatilidade dos ativos brasileiros no curto prazo, enquanto o governo busca saídas diplomáticas e estratégias para mitigar os efeitos da tarifa nas exportações nacionais.